Anti-concepcionais – Antes de usar, consulte um profissional
Este post aborda o tema dos anticoncepcionais e métodos contraceptivos, enfatizando a importância de consultar um profissional de saúde antes de usá-los. O texto apresenta uma visão geral sobre a contracepção, destacando sua relevância para a saúde e o planejamento familiar. São descritos diversos tipos de métodos contraceptivos, incluindo métodos comportamentais, hormonais, de emergência, dispositivos intrauterinos e contracepção cirúrgica. O post também discute as contraindicações e possíveis efeitos colaterais dos contraceptivos hormonais, reforçando a necessidade de orientação médica para escolher o método mais adequado para cada pessoa.
Dra. Margarida S. Matos
11/14/20245 min read
A contracepção é um assunto de extrema importância e relevância atual. Com a evolução da sociedade e o avanço das tecnologias, cada vez mais pessoas têm acesso a métodos contraceptivos eficazes e seguros.
É crucial destacar que a contracepção não é apenas uma questão de responsabilidade individual, mas também uma forma de garantir a saúde e o bem-estar coletivo. O planejamento familiar adequado permite que as pessoas tenham filhos no momento certo, quando estão emocional e financeiramente preparadas para recebê-los.
Apesar da eficácia dos métodos contraceptivos, é importante lembrar que nenhum deles é 100% infalível. Por isso, é fundamental que o uso seja feito de forma correta e, sempre que possível, combinado com o uso do preservativo (camisinha), visto que este também protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
É essencial manter uma comunicação aberta e honesta entre os parceiros sobre o uso de contraceptivos e a escolha do método mais adequado para ambos.
Tipos de contraceptivos
Existem diversos métodos contraceptivos disponíveis atualmente, que podem ser divididos em várias categorias: métodos comportamentais; métodos hormonais; contracepção de emergência; dispositivos intrauterino; contracepção durante a lactação e contracepção cirúrgica (feminina e masculina).
Métodos comportamentais
São os métodos que dependem do comportamento humano. Por assim serem merecem muita atenção, quando recomendados para jovens, por não fornecerem muita segurança para a população dessa idade.
Dentre os métodos comportamentais merecem citação:
Ogino-Knauss (Tabelinha), Temperatura basal, Billings, Sintotérmico e Ejaculação extra-genital): Esses métodos se baseiam no período de ovulação da mulher.
Barreira / Mecânico: (Preservativo feminino, Preservativo masculino). O preservativo, tanto o masculino quanto o feminino, é uma forma de contracepção não hormonal e o único método capaz de prevenir não só a gravidez, mas também infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Além disso, é fácil de obter e usar, podendo ser encontrado em farmácias e até distribuído gratuitamente em unidades de saúde.
Químico: Espermaticida.
Métodos hormonais
Existe uma grande variedade deste tipo de contraceptivos. Atualmente a tendência é usar as pílulas com menor concentração hormonal, salvo situações especiais.
Orais:
Combinados (são comprimidos ou drágeas que contém na sua fórmula associação de estrogênio e progestínico).
Minipílula (na sua fórmula existe apenas um progestínico).
Injetáveis:
Mensal – contém associação de estrogênio e progestínico.
Trimestral – contém apenas um progestínico.
Pílula vaginal – contém associação de estrogênio e progestínico.
Implante – na sua fórmula existe apenas um progestínico.
Anel Vaginal – associação de estrogênio e progestínico.
Adesivo – associação de estrogênio e progestínico.
Regime estendido – associação de estrogênio e progestínico.
Contracepção de emergência – alguns deles possuem na sua constituição apenas um progestínico, mas alguns contém associação de estrogênio e progestínico.
Contracepção durante a lactação – a amamentação exclusiva pode funcionar como método contraceptivo (o bebê se alimenta apenas de leite materno).
Dispositivos intrauterinos – existem DIU com e sem hormônio. Os que possuem hormônio contém apenas um progestínico. O DIU é inserido no útero e impede a fertilização do óvulo, além de oferecer proteção prolongada por vários anos. É um método eficaz, mas também requer intervenção médica para inserção e remoção.
Contracepção cirúrgica – (feminina e masculina) corresponde a ligadura tubária para a mulher e vasectomia para o homem.
A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais populares entre as mulheres. Ela contém hormônios que impedem a ovulação, tornando a mulher infértil durante o uso correto. Além do efeito contraceptivo a pílula também ajuda a regular o ciclo menstrual e diminuir a intensidade das cólicas menstruais. No entanto, a pílula requer uso diário e constante, o que pode ser um obstáculo para algumas mulheres.
Os contraceptivos injetáveis mensais são combinados e indicados para aquelas mulheres que esquecem de usar a pílula diariamente, no entanto a injeção trimestral contém apenas um progestínico.
O implante deve ser inserido diretamente sob a pele da parte interna do braço (o braço que você não usa para escrever), ele tem validade de três anos.
O anel vaginal deve ser colocado na vagina no primeiro dia do ciclo e retirado com 21 dias. A paciente fica sete dias sem anel para menstruar, em seguida deve ser inserido outro e assim repete mensalmente.
Contracepção com adesivo. O primeiro adesivo deve ser aplicado no primeiro dia da menstruação. A mulher deve trocar a cada sete dias por três semanas e permanecer uma semana sem adesivo para menstruar.
Regime estendido – a mulher usa três caixas da pílula sem intervalo. O intervalo é dada ao final da terceira cartela. Desta forma a paciente menstrua a cada três meses.
O DIU de cobre também é um método contraceptivo. Atualmente existe Dispositivo intra-uterino (DIU) com e sem hormônio. O hormônio acrescido no DIU é uma progesterona. O DIU é inserido no útero e impede a fertilização do óvulo, além de oferecer proteção prolongada por vários anos. É um método eficaz, mas requer intervenção médica para colocação e remoção.
Por que procurar o profissional de saúde antes de usar contraceptivo?
Vale salientar que a maioria dos métodos contraceptivos apresentam algumas contraindicações, assim torna-se necessária a avaliação de um profissional antes de começar a usá-los:
As contra-indicações mais frequentes são a hipertensão arterial (HAS), infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame), tabagismo (tabagista que fuma mais de 15 cigarros ao dia, com 35 anos de idade ou mais), tromboembolismo, diabetes mellitus, enxaqueca com aura, câncer de mama, hepatite viral aguda, neoplasia hepática benigna ou maligna, cirrose grave descompensada.
Dentre os possíveis efeitos colaterais dos contraceptivos hormonais, pode-se citar: ganho de peso; dor de cabeça, mamas dolorosas, menstruação irregular, alterações de humor, diminuição da libido e náusea.
A contracepção é um pilar fundamental para o planejamento familiar para a promoção da saúde e do bem-estar das pessoas. Com a diversidade de métodos contraceptivos disponíveis atualmente, é possível escolher aquele que mais se adequa às necessidades do casal, garantindo o direito de decidir sobre ter ou não filhos e possibilitando uma vida sexual saudável e responsável. No entanto, é fundamental que haja conscientização e educação sobre esses métodos, garantindo que as pessoas tenham acesso à informação necessária para tomar decisões conscientes e seguras.
